Estas imagens lembram-me que a melhor câmara é a que tenho comigo.
Fotografia móvel

por Teresa Santos

Estas imagens lembram-me que a melhor câmara é a que tenho comigo.

Durante muitos anos caminhei para todo o lado com uma câmara, analógica e digital, e essa foi a minha principal escola. Nessa época não sentia a necessidade de fotografar com o telemóvel, exceptuando aquelas fotografias imediatas que servem o propósito de ilustrar algo, sem qualquer preocupação estética ou artística.

Hoje em dia sou mais criteriosa e nem sempre levo a câmara comigo, apesar de ainda encontrar momentos para caminhar com ela. Improvisar com a realidade, compondo-a no visor, é uma das experiências que mais me enraíza, onde quer que esteja. Tenho aprendido a aceitar que há fotografias que nunca verão a luz do dia e está bem.

Como o meu impulso de fotografar vai para além do trabalho ou de ter ou não comigo uma câmara fotográfica, comecei a utilizar a do telemóvel. Toda a gente faz curadoria das suas imagens quando escolhe quais guardar e quais apagar do dispositivo e quando decide quais partilhar e quais não. Como tenho por hábito apenas partilhar imagens feitas com câmara fotográfica, comecei a questionar-me o que fazer com estas fotografias. Até ao momento encontrei dois recursos:

1) Comprar uma impressora térmica portátil para imprimir fotografias feitas com o telemóvel. A impressão térmica, por um lado, atribui um granulado à imagem que recorda o filme e, por outro lado, é imediata, o que também torna a partilha instantânea (e analógica!);

2) Partilhar aqui algumas imagens que não existiriam sem a câmara do telemóvel.

Enjoy!